Avós, que me enchem o coração!

Hoje é dia dos avós e eu gosto tanto deste dia!

Ter avós presentes nas nossas vidas é um privilégio. Um privilégio que nos compete manter vivo e real. E quantos de nós, tantas e tantas vezes, nos esquecemos disso?

Aos meus nunca faltou a energia para cuidar das rebeldes crianças que erámos. Nunca falhou a voz para as palavras de carinho, nem o orgulho no olhar ao ver-nos alcançar uma nova meta. Nunca foram demais os abraços, os beijos, nem as noites a dormir a quatro (a pelo menos tentar). Houve ralhetes e castigos? Pois claro, porque quem ama educa e faz-nos crescer. Mas houve também proteção de quem é mãe e pai a dobrar, ama como se ama um filho e vive para nos ver felizes.

Falar dos meus avós é falar das sestas que dormia nas costas da costureira ou das manhãs em que estavámos sempre atrasadas. É falar do órgão que tinha que aprender a tocar e das tardes à mesa a falar francês. É recordar o cheiro das corridas nos regadios cheios de água e o olhar de quem as seguia. Felizmente, é saber que ainda os tenho presentes nos momentos que mais me enchem o coração.

E não me levem a mal, mas, neste dia, dividem as minhas lembranças com aqueles que eram avós a dobrar. Ternas criaturas de sorriso enrugado de quem tenho as mais doces recordações. Sei que estão algures a olhar por mim, por nós todos.