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Mensagens

A mostrar mensagens de 2009

L’esprit du Noël

A última vez que aqui escrevi algumas linhas fi-lo sentada algures no chão da sala ainda com as malas por desfazer. Nesse dia, recordo, o calor já se fazia sentir e eram muitas as recordações que me povoam o espírito e o coração. Hoje a lareira está acesa e, ainda assim, é preciso um pequeno cobertor para me aquecer o corpo e a alma. Já passaram quase seis meses. Foram muitos os momentos que estiveram prestes a merecer serem aqui relatados e muitas as vezes que tive vontade de fazê-lo. Mas isso nunca aconteceu. Talvez neste domingo tenha sido incrivelmente dominada pelo terrível espírito natalício que me deixa sempre nostálgica e pensativa. Na verdade há muita coisa que posso contar-vos sobre estes dias de ausência. Menos de um mês após o meu regresso entreguei e defendi o relatório de estágio. Fiquei contente com o resultado mas sobretudo com o facto de ter despachado tudo muito mais depressa do que esperara. À felicidade e orgulho de com vinte anos ter terminado a minha licenciatura,

C’est fini!

--- “Meu coração está aos pulos Quantas vezes minha esperança será posta à prova E eu não posso mais Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz Meu coração ‘tá no escuro Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear Vou confiar, mais e outra vez Com o tempo agente consegue ser livre, ético Dirão é inútil E eu direi ‘não admito, minha esperança é imortal’ E eu repito ‘ouviram imortal!’ Sei que não dá p’ra mudar o começo mas se agente quiser vai dar para mudar o final” Elisa Lucinda (2005) --- Paris… dizem que é a Cidade Luz e não é por acaso. Aqui fui recebida da melhor forma por verdadeiros desconhecidos. Tratada como uma princesa numa casa que não era a minha mas onde tudo faziam para me esquecer disso. Aprendi o que é não viver sem a ajuda dos outros mas aprendi também a viver sozinha. Sorri e gargalhei com quem, também na Rádio, me abriu os braços e para quem

Une semaine et je vais partir

Uma viagem de táxi até ao aeroporto de Orly e mais uma aventura acrescentada a todas as que já vivi aqui. Na verdade, o Elder e a minha mãe juntos tinham direito a levar 40kg desde que não fossem todos na mesma mala. Daí que senti-me a reviver uma história passada no Porto no dia 2 de Março. Em pleno aeroporto lá abrimos a mala e tirámos um saco com alguma roupa. Porque somos importantes (ou não) passámos à frente das pessoas que se dividiam por duas grandes filas à espera da sua vez para fazer o check-in, demos as malas à menina que nos tinha atendido, recebemos o cartão de embarque e deixámos meio mundo a reclamar e outro meio a perguntar quem seriamos nós. Check-in feito, gelado e alguns minutos de conversa, está na hora de dizer adeus. Depois de cinco dias inteirinhos passados com os meu “papás” custa vê-los partir. Custa ficar novamente neste mundo estranho onde me sinto sozinha mas que já é um bocadinho a minha casa. Consola apenas a certeza de que dentro de uma curta e rápida se

Fête dês Saints Populaires

A última aventura vivida ao lado dos meus companheiros de viagem foi efectivamente das melhores experiências que já vivi. Às 7:20h o despertador já tocava e pouco tardei a levantar-me. Cerca de duas horas depois já conhecia a Base de Loisirs de Créteil e estava, nesse preciso momento, a invadir o estúdio móvel da Rádio Alfa para dar os bons dias ao “pessoal trabalhador”. Até às 12:15h, hora a que fui almoçar, estive com eles no estúdio ou com a Isabelinha no stand, passeei pelo recinto, tirei fotografias, muitas fotografias. Depois de almoço aí sim começou a animação. Pouco passava das 13:00h quando tive a excelente ideia de perguntar ao Sérgio se ele ia continuar a entrevistar pessoas pelo meio do recinto porque assim ia com ele para ver. Resposta do Sérgio: “Eu não. Vais tu!”. Resultado: de microfone na mão e phones na cabeça lá foi a formiga correr pelo recinto à procura de quem quisesse falar um bocadinho. Exceptuando uma triste intervenção feita junto de uns jovens luso-descendent

Mon premier journal

Depois do dia agitado de ontem, obviamente grande parte da manhã de hoje foi passada na cama. Levantei-me já passava das 11h, tomei um bom banho e almoçámos. Logo de seguida corro para a Rádio numa excitação nunca antes sentida. Vem aí o grande e derradeiro desafio: um jornal desportivo editado e apresentado por mim! É verdade que só mesmo o Manuel Alexandre para colocar esta responsabilidade nas minhas mãos sem hesitar mas também é bem verdade que só ele para fazer aumentar a adrenalina (que já não era pouca!) da forma que o fez! Não exagero se disser que, entre as 15:45 e as 17:15h, ele entrou algumas vinte vezes no estúdio onde eu preparava o jornal perdida no meio de folhas de rascunho, despachos da lusa e sons, à frente de um computador onde podiam ler-se ainda mais notícias e onde o Quartz se mantinha em funcionamento para terminar a edição dos sons. Stress, muito stress. Também devem ter sido perto de vinte as vezes que olhei para o relógio na esperança de que os ponteiros não s

Ils sont arrivés!

Um dia de quase despedida, um dia memorável. De manhã, fiz a minha última revista de imprensa desportiva e coloquei uma notícia no site. Passavam cerca de quarenta minutos da 1h quando saímos da Rádio Alfa em direcção ao restaurante chinês. Foi um almoço fantástico, passado na melhor companhia possível e com direito a mais uma gentileza do Ricardo no final. De regresso à rádio, a tarde foi longa. Primeiro fiz uma peça com as declarações de Gilberto Madail à imprensa para os noticiários desportivos. Depois o Manuel Alexandre sugeriu que fizesse outra idêntica mas numa versão mais longa. Isto porque hoje havia jogo e a Tribuna teve um formato especial. Mas sobravam cerca de vinte minutos para comentar a actualidade desportiva e o Manuel achou que seria boa ideia que eu fizesse esse e outro trabalho. Por isso, acabei por alterar também a peça que fiz ontem sobre o novo treinador do Créteil Lusitanos para o mesmo efeito. Saí da rádio por volta das 21h e fui directa para o aeroporto de Orly

C’est le ‘’stress’’ que j’aime bien

Naquele que foi um dos meus últimos dias na Rádio Alfa, soube muito bem voltar a ter o que já não tinha há algum tempo. A jornada começou passavam apenas dez minutos das 7h e pouco antes das 9h já estava na Rádio numa animada e longa conversa com a Isabel e a Melanie. Das 9:45h às 11h preparei a revista de imprensa desportiva e publiquei uma notícia no site. Mais um café e dois dedos de conversa. Ao meio dia desci e fui almoçar. Um almoço vegetariano feito em equipa com a minha companheira, como dantes. Depois de uma hora passada entre estagiárias, voltei ao trabalho. Escrevi outra notícia para o site, passei uma entrevista do mini-disc para o computador e fiz três RM’s. Escrevi duas peças, ambas sobre a vinda de Laurent Fournie para o Créteil Lusitanos mas uma versão alargada para o jornal desportivo e outra mais curta para a informação. Às 17h estava em antena a apresentar a versão mais pequena da notícia e, meia hora mais tarde, estava novamente no estúdio, desta feita para um jorna

Une journée plus calme

Infelizmente para mim (que já não posso ouvir falar no assunto) as eleições ainda dão muito que falar na manhã de hoje. Mal chego a Rádio, faço mais um telefonema e é preciso actualizar todas as tabelas dos resultados de França. Logo de seguida, tentei contactar o autor do Dicionário dos Portugueses de França, mais uma vez sem êxito. Dediquei-me, então, a escrever uma notícia para o site sobre o protesto dos agentes da PSP que resolveram entregar os bonés ao Primeiro-Ministro português. Depois de almoço, provavelmente o último Alfa 18 editado por mim e outro artigo para o site. No regresso a casa, fui obrigada a ir às compras e apanhei uma grande molha. São quase 23h. Estou de rastos. Ainda não recuperei. E estou quase a partir.

Hakuna Matata

Mais um fim-de-semana que fica para a história. No sábado, eu e a Andreia tivemos “a bela da ideia” de ir até ao Sacre-coeur e mal lá chegámos percebemos que ia ser um dia de muitas peripécias. Mal tive tempo de pensar e já tinha um pretinho bem giro a repetir “Hakuna Matata” vezes sem conta e a colocar-me uma pulseira no braço. Quatro euros me custou a brincadeira que se saldou por uma pulseira com as cores de Portugal e um desejo (que eu espero que se concretize). Depois de visitarmos o interior do Sacre Coeur, foi altura de perceber o quanto é difícil tirar uma fotografia por aqueles lados. Entre um tipo que literalmente agarrou a Andreia, outro que ficou muito zangado comigo e uns quantos que pareciam fingir que nós ou a máquina simplesmente não existíamos, lá conseguimos tirar três ou quatro fotos de jeito. Depois da aventura no Sacre Couer só mesmo uma ida a Saint Michel para comer um crepe de chocolate e subir a Notre Dame. Bom, o crepe cinco minutos mais tarde não teríamos cons

Élections Européennes

Mais uma vez a responsabilidade nas mãos de fazer uma reportagem de exterior totalmente sozinha. Ou melhor dizendo, muito bem acompanhada pelas minhas duas colegas estagiárias mas sendo eu própria a coordenar. De gravador mini-disc na mão lá fomos nós em direcção ao Consulado de Portugal em Paris. Devo dizer que fomos muitíssimo bem recebidas pelo Cônsul Geral que, não só falou connosco, como pediu ao responsável pelas mesas de voto que nos explicasse o funcionamento de todo o processo de votação. Se aqui foi só gentilezas, o mesmo não se pode dizer do ex-consulado de Nogent-sur-Marne que esperava melhor do que três meras estagiárias. Mas isso são coisas que sequer vale a pena mencionar aqui. Depois do “passeio” e de um almoço entre as três, a tarde na rádio foi calma. Escrevi e gravei uma peça com dois sons que tínhamos feito no Consulado. À última da hora o Ricardo achou melhor que a peça tivesse, também, outro som e, por isso, refiz o texto, gravei os sons para o mini-disc e fui dar

Encore fatiguée

Depois de um dia bem cheio e de uma noite mal dormida, só uma manhã com algumas horas a mais na cama para recuperar. Cheguei à rádio era, mais ou menos, meio-dia e comecei logo a trabalhar. Ouvi uma entrevista ao Cônsul Geral de Portugal em Paris, seleccionei alguns sons e escrevi uma notícia com algumas indicações para a comunidade portuguesa sobre a maneira e os locais onde podem votar para as eleições europeias. Dei também algumas dicas à Cristina sobre o assunto e os programas de edição que utilizamos. A Cristina, é verdade, é a última das cinco estagiárias que se reuniram agora na Rádio Alfa. Às 16h levei em directo à antena esta peça, um directo que não correu da melhor forma e, por isso mesmo, às 18h lá estava eu outra vez no estúdio. Entretanto preparei também um pequeno trabalho sobre o Torneio Internacional de Toulons, uma notícia com que fui à antena às 17:30h.No final de tudo isto e, antes de voltar para casa, ainda tive tempo de escrever e gravar uma notícia sobre a selecç

Définitivement j’ai besoin de arrêter

A longa jornada de hoje começou (como sempre) com a revista de imprensa desportiva. Desde que terminei até às 14:30h, estive dentro do estúdio a fazer sons para os noticiários. Ao todo fiz 14 RM’s, gravei-os para o mini-disc, preenchi a respectiva folha com a minutagem, o conteúdo e as palavras finais e imprimi. Seguiu-se um intervalo de cerca de uma hora para almoço e repouso. Durante a tarde estive quase quatro horas a preparar um trabalho para a Tribuna Desportiva. O tema (é óbvio) era a festa de despedida do Pauleta. Ouvi todos os sons que fizemos e cortei-os de acordo com aquilo que pretendia. Fui também ao arquivo sonoro buscar algumas palavras que o Sérgio tinha dito em directo no domingo. Em seguida escrevi o meu texto e gravei-o. Montei uma entrada com o jingle, os vários sons que escolhi e uma música de fundo, juntei-lhe a peça e, por fim, outro jingle. Foi a minha última “produção” para a Tribuna Desportiva. Deu muito trabalho. Mas, modéstia à parte, valeu a pena. Foi, sem d

J’ai besoin de arrêter

Mais um dia longo e cansativo. Pouco passava das 9:30h já eu tinha ido às compras, voltado a casa, saído outra vez e estava, nesse momento, no autocarro a caminho da Rádio. Uma hora foi tempo suficiente para conversar com a Isabel e depois com a nova estagiária e escrever e gravar a revista de imprensa desportiva. Às 11h já estava, novamente, à entrada da Rádio e, quando dei por mim, éramos seis mulheres a conversar e a rir sobre tudo e sobre coisa alguma. Ainda de manhã acabei de ouvir as entrevistas dos cabeças-de-lista candidatos às eleições europeias. Durante a enorme tarde que se seguiu, escrevi uma peça sobre a Selecção Portuguesa com a qual participei em directo nos jornais desportivos das 17:30h e 19:30h, escolhi sete RM’s que passei para o mini-disc e fiz, ainda, uma folha com a devida identificação da minutagem e conteúdo de cada som. Saí da Alfa eram quase 20h. Agora, que faltam sensivelmente três minutos para as 22h, já fiz o jantar e o almoço de amanhã. Vou parar. Vou dorm

Air France

Dia 1 de Junho. Dia da Criança e feriado religioso aqui em França. Muito mais que isso. Dia em que fiz o habitual caminho de menos de 30 minutos em cerca de 1:15h para chegar a uma rádio quase deserta. Dia em que desapareceu um avião da Air France que viajava do Brasil com destino a Paris e em que, por isso, acompanhei a adrenalina e a azafama que se viveu na Redacção. Dia em que preparei RM’s sobre o jubileu Pauleta para o jornal de informação com os meus próprios sons, copiei as entrevistas em formato integral para a base informática e elaborei uma peça para entrar em directo às 18h com a notícia do café-debate a que assisti no sábado. Um dia repleto, mais uma vez, de muitas experiências.

Parc des Princes

Tendo em conta os últimos dois dias da minha vida, seria de esperar um fim-de-semana calmo e relaxante. Mas não! Por aqui viveram-se mais dois dias de trabalho, stress e emoção, muita emoção. No sábado depois de almoço, fui até à rádio. Fiz meio caminho a pé para aproveitar o sol e o vento que tão bem me souberam. Na rádio, pesquisei algumas informações sobre os jogadores que poderiam estar presentes na homenagem ao Pauleta, preparei algumas questões e o material que iria precisar. Uma vez que lá estava, aproveitei para falar um bocadinho com a Isabel e chatear o Manuel Alexandre que tem de gramar sempre comigo. Saí eram mais ou menos 16:45h e lá fui eu pelos transportes da Ile de France em direcção a Pigalle para a minha primeira (e provavelmente única) reportagem de exterior completamente autónoma. Entre o café-debate com o apoio da CDU (um debate sobre questões políticas e sociais como a emigração, o preconceito, o distanciamento da juventude face à politica, entre outros, a que fui

Je ne suis pas toute seule ici

De todos o pior dia de sempre. Na verdade, uma continuação da aventura que começou ontem. Ainda assim, lá diz o povo que é nas dificuldades que se conhecessem os amigos. E, se assim é, hoje posso dizer-vos que tenho na Rádio Alfa bons amigos. Comecei bem o dia a receber uma mensagem de alguém que já é, para mim, uma boa amiga. Obviamente falo de ti Sofia, a quem devo agradecer toda a atenção que me tens dado. Cheguei à rádio ainda não eram nove horas, o que me permitiu fazer a revista de imprensa desportiva, escrever e gravar uma peça e colocar uma notícia no site até às 11h. E, por falar em agradecer, devo também um obrigada especial mas, desta feita, a dois senhores: o Manuel Alexandre, que me deu boleia e teve a atenção de me ligar (como lhe pedi) e me perguntar como correram as coisas, e o Ricardo José, que se deu ao trabalho de perder uma hora do seu dia para ir comigo ao Créteil Soleil para me ajudar a resolver o problema. Exactamente depois de deixar tudo mais ou menos resolvido

C’est pas vrai!

Começo a acreditar seriamente na frase que a Sara me repetiu algumas vezes durante a semana da queima “Contigo, Joana, há sempre uma história para contar”. Ultimamente as histórias têm sido mais que muitas e hoje fica mais uma para recordar, uma que ainda não terminou mas que eu espero que tenha um final feliz e já amanhã. Na terça-feira tinha pedido ao Artur para me dar folga esta manhã, uma vez que sábado e domingo estarei a trabalhar. Como não dormi muito bem, acabei por decidir ficar em casa a descansar mais umas horas, em vez de ir a Paris, como havia planeado. Pequeno-almoço tomado, estava eu no meu banho relaxante, quando a Andreia entra casa-de-banho dentro e diz “O que é que eu faço? Está alguém a bater à porta!”. Dado o facto de a menina não falar francês, lá fui enfrentar o primeiro grande momento do dia, que é como quem diz, abrir a porta ao senhor da electricidade embrulhada na toalha de banho! Sim, é isso mesmo! Quem estava à porta era um funcionário da EDF que vinha cort

Dream Team

Dia 27 De Maio de 2009, o dia em que não se falou de mais nada senão da grande final da Liga dos Campeões. Também eu não podia fugir à regra e, assim sendo, às 17:30h lá estava a “dream team” no aquário a contar as últimas do mundo desportivo. Coube-me a mim falar dos 310 milhões de euros que o jogo do ano pode render às equipas e às respectivas cidades. Como de pouco mais se falou, o jornal foi curto e o Albert teve tempo de propor que cada um de nós fizesse o seu prognóstico sobre o resultado do embate. O Albert tem sempre uma surpresa para fazer e eu (para não variar!) fico irremediavelmente nervosa. Pelo menos, agora (que são sensivelmente 23:50h) já sei que não falhei por muito, aliás fiz até uma aposta mais certa do que dois especialistas do desporto da Rádio Alfa. Depois deste atribulado directo, tive tempo para gravar esta mesma peça para o jornal das 19:30h e (para surpresa minha) também para o espaço actualidades da Tribuna Desportiva e, ainda, para terminar uma peça sobre o

L’aventure de la semaine

E porque não há semana sem uma ou mais histórias, o prémio de melhor história desta semana vai para a manhã de hoje. Acreditem ou não, eu e a Andreia fizemos o caminho entre minha casa e a Rádio a pé! E não para que não julgem que é tão pouco quanto isso até gravámos! De momento há um pequeno problema técnico que me impede de vos mostrar a nossa obra de arte mas conto poder fazê-lo dentro em breve. Depois de finalmente chegarmos à Rádio Alfa (qual miragem tornada real), ainda tive tempo de fazer a revista de imprensa desportiva antes de o Manuel Alexandre chegar. Durante o resto da manhã dediquei-me a ouvir as entrevistas dos candidatos portugueses às eleições europeias para fazer RM’s. À tarde, fiz um directo com uma peça sobre o torneio Roland Garros. Não correu da melhor forma dado que tinha para dizer uns 10 ou 15 nomes nada fáceis. Tendo em conta o quão atrapalhada fiquei, optei por gravar uma peça ligeiramente diferente para jornal das 19:30h.

Moi j’aime pas

Um dia como nunca antes… Nunca, nestas quase doze semanas, tinha vivido dias de tanto calor como os de ontem e hoje. E quem me conhece já sabe qual foi o efeito que o calor causou em mim: preguiça, muita preguiça! Ou seja, ao longo de toda a jornada, consegui apenas colocar uma notícia no site da rádio e editar o Alfa 18 de amanhã. Para finalizar, apesar da pouca vontade, ainda fui forçada a fazer as comprinhas da semana e a preparar o jantar.

Quatre-vingtième journée

Mais um dia em grande neste diário de bordo que já conta 80 dias passados. Ainda não tinha saído de casa e já estava a ouvir, no jornal das 8h, um texto escrito por mim e lido pela fantástica voz do Ricardo José. Não tardei muito a chegar à Rádio para preparar a revista de imprensa desportiva que já faz parte dos meus “hábitos matinais”. Logo de seguida terminei de editar o Convidado de Redacção que a Olívia já tinha deixado praticamente pronto. Fiz a gravação para o mini-disc e fui ao meu café da manhã. No regresso escrevi uma peça ainda sobre José Lima e às 12h fiz o meu primeiro directo num jornal da edição do Ricardo. Foi mais uma experiência muito positiva. Antes de almoço, ainda tive tempo para ajudar a Andreia a fazer uma entrevista e começar a escrever um trabalho sobre a Primeira Liga Francesa de Futebol. Durante a tarde foram duas as vezes que a minha voz se ouviu na sintonia da Rádio Alfa: uma peça sobre Nené e o jogo Nacional X Sporting, em directo às 17:30h e, sensivelment

Un rayon de soleil

Hoje senti verdadeiramente a estranha sensação de que, de algum modo, a terça-feira conseguiu colocar-se no calendário imediatamente a seguir à sexta. O dia de hoje não mais foi do que a continuação do trabalho que iniciei na passada sexta-feira, dia 15. Depois de preparar a revista de imprensa desportiva, fiz uma entrevista a José Lima e seleccionei RM’s a partir dessa mesma entrevista para serem passados nos noticiários. Copiei alguns RM’s para o mini-disc e escrevi uma peça sobre a história deste paraplégico que precisa de ajuda para cumprir a sua promessa e partir em protesto rumo a Bruxelas. Às 17.30h já tinha escrito também uma notícia sobre as eleições leoninas, ou mais precisamente, sobre três dos candidatos à presidência de Alvalade e estava, nesse, preciso momento, no estúdio prestes a entrar em directo no jornal desportivo. Às 18h mais um directo, desta vez, com a notícia que já tinha escrito sobre José Lima. Apenas uma frase a registar no dia de hoje: Preciso mesmo mas mesm

Mon premier “spot”

E assim se passou mais um dia em que não fiz praticamente nada. Limitei-me a editar o Convidado de Redacção para amanhã e passar a tarde toda sentada no estúdio a tentar gravar o meu primeiro spot. Depois de muitas tentativas (falhadas!), lá consegui gravar qualquer coisa mais ou menos bom que, com os jeitinhos do Paulo, até ficou engraçado. Uma coisa é certa: é preciso talento para fazer publicidade e eu não tenho esse talento!

Une autre reportage

O dia começou com a mais que habitual revista de imprensa desportiva, seguida de uma busca incessante pelo contacto de José Lima, uma paraplégico de Viana do Castelo que prometeu ir a Bruxelas de cadeira de rodas em protesto e a quem quero, portanto, fazer uma entrevista. Entretanto publiquei outro artigo no site da Rádio Alfa e prestei uma ajuda solidária à Andreia. Depois de almoço, escrevi uma peça sobre a participação do Sporting Clube de Paris no Challeng National Futsal e parti para mais uma reportagem de exterior, desta feita na Embaixada de Portugal em Paris.

Encore une nouveauté

A manhã de quinta-feira é obviamente manhã de folga. Depois de almoço, fui para a Rádio e sentei-me a ouvir calmamente o noticiário desportivo da Antena 1. Em seguida, escrevi uma peça sobre o espectáculo da fadista Ana Moura que passou em antena às 16h e outra sobre a Liga Francesa de Futebol que integrou os noticiários desportivos da tarde. No final do dia, uma boa novidade: o meu nome passou a constar no site da Rádio Alfa e, agora, já posso escrever notícias para colocar na secção de informação. Numa espécie de comemoração, aproveitei para escrever a minha primeira notícia que publiquei no site pouco antes de vir embora.

Je connais et j’aime bien

Esta quarta-feira ficou registada no meu diário de bordo como mais um dia longo e cansativo que durou cerca de 17h, 14 das quais passadas a trabalhar. O dia começou cedo e, mal cheguei à rádio, escrevi e gravei a revista de imprensa para o jornal desportivo. Ao longo da jornada, fiz uma peça com cerca de doze minutos sobre a final da Taça da Liga Francesa de Futebol e editei o Convidado de Redacção de amanhã. Poucos minutos depois das 21h, lá estava eu sentadinha no estúdio e pronta para mais uma Tribuna Desportiva em tempo real. Durante as duas horas de emissão fiz pequenas (e poucas!) intervenções, coloquei (uma ou duas!) questões aos comentadores Carlos Oliveira e António Tavares e, acima de tudo, dirigi uma entrevista ao Director-Geral da Rádio Alfa e Presidente da Selecção Alfa, Fernando Lopes. No final, o Sérgio fez a gentileza de, novamente, nos vir trazer a casa. Digo "nos" dado que a Andreia acabou por ficar na rádio para ver com os seus próprios olhos como são a Tri

Sélection ALFA

Três actividades a registar: - Revista de Imprensa Desportiva Portuguesa para o jornal das 11:30h - Preparação de uma entrevista que devo fazer amanhã ao Director-Geral da Rádio Alfa e Presidente da Selecção Alfa, Fernando Lopes (recolha de informações através de textos e "conversas") - Selecção de sons para uma peça sobre a Taça da Liga Francesa de Futebol

Le retour

Depois de ter dormido uma noite de companhia (mais uma companhia feminina leia-se) e de ter ido às compras, cheguei à rádio eram 11h da manhã. Até às 13:30h entreti-me a rever as pessoas (de quem confesso já tinha saudades!), a tirar uns RM’s para fazer uma peça sobre o concerto da fadista Ana Moura e a ajudar o Carlos Manuel a escolher o alinhamento musical do programa da manhã para amanhã. Depois de almoço, estivemos a (re)organizar um dossier sobre as eleições europeias (o famoso dossier que nunca mais acaba!), fiz dois directos com uma notícia sobre o concerto da Ana Moura e ainda tive tempo para fazer a edição do Convidado de Redacção para amanhã. Voltamos para casa já passava das 20h, jantamos e rimos muito mas muito a ver uns vídeos onde a Andreia teve a feliz ideia de registar as tristes figuras do meu compadre podre de bêbedo. Por falar nisso, abro aqui um parêntese para dizer-te, Bruno, que gosto muito de ti e que fiquei muito orgulhosa com tudo o que me disseste na minha últ

Les vacances

9:15h – Toca a acordar! 11:30h – Chegámos à Rádio 14:30h – Já tenho o Alfa 18 quase pronto e agora vamos almoçar 16:10h – Alfa 18 prontinho a ir para o ar 16:50h – Peça escrita, gravada e editada sobre o acidente que vitimou Joaquim Agostinho há 25 anos 18:30h – Já confirmei uma entrevista para terça-feira que neste caso será o Artur a fazer no meu lugar porque eu não vou cá estar e já lhe passei toda a informação sobre a entrevistada e aquilo que pretendo da entrevista 20:00h – Acabo de sair da rádio na companhia da Cristina que, como habitualmente, me vai dar boleia 23:00 – Vou dormir porque estou completamente morta depois de dois dias deste calibre.

Joyeux Anniversaire

Para compensar o pouco que fiz ontem, hoje trabalhei 15 horas quase seguidas. Comecei por escrever e gravar a revista de imprensa desportiva. A seguir escolhi e editei alguns sons para uma peça sobre a Taça da Liga Francesa, uma espécie de "rewinde" do jogo que escrevi também durante a manhã. De tarde, em parceria com a Sofia, fiz quatro entrevistas a quatro homens ligados ao desporto: Cláudio Paulinho, Bernardino Caliço, Manuel Batista e Pedro Lamy. Em seguida, editei os sons das três primeiras entrevistas, escrevi, gravei e montei uma peça em homenagem ao ciclista Joaquim Agostinho que morreu há praticamente 25 anos. Seguiu-se um jantar no Quick que o Manuel gentilmente nos ofereceu e, antes da emissão começar, ainda gravei e editei a peça sobre a Taça da Liga que já estava escrita desde de manhã. Foi então que as mãos começaram verdadeiramente a tremer, os lábios a sorrir mesmo quando não havia motivo para tal e as veias a sentir aquele feeling indescritível. Foi a nossa p

Semaine de la Gastronomie Portugaise – take 2

O dia de hoje ficou marcado por um almoço animado no restaurante português O Augusto – um dos dois restaurantes que trouxeram à Sala Vasco de Gama a gastronomia portuguesa. Fica aqui uma amostra, uma pequena amostra do que se fez e disse neste dia. P.S – Em termos de trabalho, limitei-me a escrever e montar uma peça sobre a Taça Super Bock e a seleccionar os sons para amanhã editar o Alfa 18.

Le journalisme

Contactos, muitos contactos foi tudo o que fiz hoje. Mas, depois de muito andar às voltas, lá consegui ver uma luzinha ao fundo do túnel. Frase a registar: “Às vezes nesta profissão é como se fossemos um cãozinho atrás do próprio rabo”

Un jour très important pour moi

Hoje foi um dia longo mas muito importante. Primeiro fiquei imensamente contente porque recebi mais um voto de confiança. O Artur deixou-me editar um Convidado de Redacção e o Alfa 18 que eram responsabilidade dele e foi embora sem sequer conferir o meu trabalho. Melhor que isto para começar o dia não podia haver! E um dia que começou em beleza só podia terminar da mesma maneira. Depois de ter dito ao Manuel que não tinha o que fazer, ele acabou por me encarregar de escrever uma peça em que fizesse uma espécie de antecipação dos jogos da 33ª jornada da Primeira Liga Francesa de Futebol e do Championnat National. E assim fiz. Às 17:25h estava sentadinha no estúdio de phones na cabeça para entrar em directo no jornal desportivo a qualquer momento e, mais uma vez, a ouvir o Albert a apresentar-nos e a elogiar. O Albert é outra figura muito querida mas que consegue deixar-me mais nervosa do que já é normal, sobretudo quando, como hoje, resolve brincar com o “nouveau couple de la Radio Alfa

Semaine de la Gastronomie Portugaise

9:45h – Chego à rádio 12:00 – Estive até agora a ouvir entrevistas e a seleccionar RM’s 15:08 – Saí mesmo agora do estúdio onde fiz um directo sobre o concerto da cantora portuguesa Bévinda (não, não me enganei! É mesmo assim que se escreve o nome da senhora.) 16:20 – Eu e a Sofia vamos agora fazer uma entrevista aos responsáveis dos restaurantes que vão estar na Salle Vasco de Gama na semana da gastronomia portuguesa 17:00 – Nervos, muitos nervos…mais um directo, desta feita sobre a inauguração do Fórum Culturas, Sabores e Tradições 17:40h – Já pus a conversa em dia e já fiz uns rm’s da entrevista sobre a semana da gastronomia portuguesa. 18:00 – Vou outra vez para a antena com a notícia do concerto de Bévinda 19:45 – Depois de muitos sorrisos e gargalhadas vou para casa 22:30h – Já jantei e arrumei tudo, agora vou dormir porque não me aguento mais em pé.

Je suis fatiguée

Há coisas que parecem castigo ou partidas do destino. Disse ontem que todos os dias tenho uma história para contar que me acontece no caminho…hoje tenho mais uma. Ainda nem o autocarro tinha apanhado e já tinha partido o telemóvel em dois. No momento, pensei que tinha acontecido uma desgraça. Não tenho internet em casa, ficar sem telemóvel para comunicar seria um desastre. Mas afinal foi só a capa que se partiu. Entretanto pus-lhe um bocado de fita-cola e mal chegue a Portugal tenho de ir comprar uma capa nova. Na rádio, dediquei-me por inteiro às montagens, como disse o Manuel, fui uma verdadeira assistente de produção. Agora era para ter companhia para jantar mas ao que parece fica para o fim-de-semana e ainda bem porque estou de rastos. Vou dormir que bem preciso. Amanhã vai ser outro longo dia.

Les aventures d’une petite portugaise

Quando aqui cheguei, alguém me disse que o que iria viver daí em diante daria perfeitamente para escrever um livro sobre as aventuras de uma portuguesinha perdida por terras gaulesas. E quem o disse tinha razão. Moro a apenas cerca de 30 minutos da rádio e o caminho que faço para lá chegar e para voltar é todos os dias uma nova história. Hoje, por exemplo, fui confundida com uma árabe, seduzida (se é que não mesmo assediada) por um francês bem giro e esmagada entre duas "grandes senhoras". Depois de chegar á rádio e trocar umas ideias com a Isabel (como de costume), continuei a edição dos sons para o Alfa 18 que deixei pendente e conferi os sons que gravámos no Calouste Gulbenkian ontem. Antes do almoço, que hoje foi um pouco mais tarde, ainda tive tempo de escrever e gravar três peças sobre a homenagem à Amália, duas das quais consegui logo editar e montar. À tarde, após ter preparado uma entrevista que acabou por ser adiada para amanhã, participei numa conversa bastante int

Ma premiere reportage

O dia de hoje foi mais um marco na minha vivência em terras francesas e igualmente para a minha experiência profissional: foi o dia em que fiz a minha primeira reportagem de exterior. Fui até ao Centro Cultural Calouste Gulbenkian assistir a uma homenagem à eterna diva do fado Amália Rodrigues. No final a Olívia fez uma entrevista a um dos ex-empresários da fadista, Jean-Jacques Lafaye, uma entrevista que eu acompanhei bem de perto.

C’est ma vie!

Hoje comecei bem o dia e fiquei mais uma hora na cama do que devia. Depois de chegar à rádio, estive cerca de uma hora a tentar completar o dito dossier com mais informações, sem sucesso diga-se. Quando o Manuel chegou bem se esforçou a fazer a cabeça ao Ricardo para me deixar entrar em directo no jornal do meio-dia, mas também não teve sucesso. O melhor que consegui foi gravar uma peça com um RM da entrevista que fiz ontem à Caroline Barro que ele passou no final do jornal. Depois de almoço, andei para trás e para a frente a fazer pequenas tarefas como tirar fotocópias, preencher a folha dos RM’s que o Ricardo se tinha esquecido, entre outras coisas. Após ter feito uma notícia sobre a V Cimeira das Américas e ter tomado café em boa companhia, tivemos um momento de verdadeiro stress como não tinha ainda sentido. Em menos de 20 minutos consegui fazer uma entrevista ao Presidente da Câmara de Bragança, tirar dois RM’s para o mini-disco, entregar o mini-disco e a folha na régie e entrar a

C’est ça que je veux pour moi

Até à data, este foi, sem dúvida, o dia mais produtivo de sempre, aquele é que realmente fiz tudo ou quase tudo o que pode fazer uma jornalista. Passei a manhã a fazer contactos para marcar entrevistas e a procurar informações para um dossier que o Artur me "encomendou" sobre a presença das mulheres na imprensa e na política. Almocei em cerca de trinta minutos porque, em seguida, tinha uma entrevista marcada com a Ana Moura que fiz completamente sozinha. Não correu assim muito bem porque a senhora falava pouquíssimo mas dei a volta à questão e, para o efeito que era, serve perfeitamente. Entretanto voltei às habituais edições para preparar o Convidado de Redacção de amanhã e, pelo meio, tive tempo de escrever uma peça sobre a Liga dos Campeões e trabalhar os sons que ia utilizar para entrar em directo no jornal das 16h (se a memória não me falha). A seguir fiz uma entrevista (que tinha agendado de manhã) a Caroline Barro, uma das responsáveis pelo Instituto Franco-Português q

Une catastrophe

Hoje cheguei à rádio cedinho e passei toda a manhã a fazer a montagem do Alfa 18. Depois, como ontem a minha vontade de cozinhar não era nenhuma e não tinha nada em casa pronto a comer, a Sofia fez-me companhia e fomos ao Quick buscar almoço. De regresso à rádio confirmei a razão pela qual ontem nada me corria bem: após um mês de dedicação, o desporto já faz parte de mim. O ritmo, os sons, a forma de ler e até de escrever. Já está em mim. Sinceramente espero que não seja muito difícil voltar ao ritmo da redacção mas a verdade é que, por agora, vou tentar juntar o útil ao agradável. Na informação também damos notícias desportivas e foi isso que fiz. Propus à Olívia uma peça sobre o FCP e foi exactamente com esta peça que fui em directo para a antena às 16h. Infelizmente as coisas não correram muito bem. O Albert não conseguia pôr o som do Jesualdo Ferreira a tocar, eu não sabia o que dizer, a Olívia não sabia se havia de interferir. Enfim, foi um desastre, uma catástrofe! Mas como ningu

Oh mon dieu

Hoje foi um stress só. Nada corria bem. Escrevi e reescrevi a mesma peça vezes sem fim, não conseguia respirar, não encontrava o meu ritmo, não conseguia colocar a voz, nada saia como deve ser… Há dias assim…

Pâques

Os domingos são normalmente dias de ausência neste diário digital, mas hoje não posso deixar passar em branco aquilo que senti. Neste domingo de Páscoa quero apenas dizer-vos que consegui sentir-me extraordinariamente perto e, ao mesmo tempo, longe de casa. Perto quando, pela manhã, atravessei a feira, almocei entre “família”, quando percebi que passei uma tarde inteira à conversa e quando, no final do dia, regressei a casa de prendinha na mão a observar os miúdos a jogar à bola no meio da rua e as pessoas a conversarem à porta de casa. Longe porque hoje não recebi aquele abraço da minha “mamã”, porque não vi o meu João a encher-se de chocolate ou a minha princesa a passear-se toda “pindérica” com o seu vestido cor-de-rosa e porque, entre muitas outras coisas, acabei o dia a jantar leite com café e pão com manteiga em vez dos bolinhos quentes da avó.

Mon premier direct

O meu último dia na secção desportiva da Rádio Alfa ficou marcado como um dia muito muito importante. Logo pela manhã, a sensação de escrever e gravar a minha última revista de imprensa desportiva, pelo menos durante os tempos mais próximos. Durante o resto do dia aproveitei para dar uma preciosa ajuda ao Ricardo. Transcrevi duas entrevistas áudio para versão escrita para serem publicadas num artigo de jornal. Espero ter depois um exemplar para mais tarde recordar. Entretanto preparei para o jornal desportivo das 17:30h uma notícia sobre o Créteil Lusitanos, o clube de futebol do “big boss”, mas o facto de os estúdios estarem constantemente ocupados fez surgir uma ideia. Acabei por propor ao Manuel fazermos o directo que ele tanto me incentivou e experimentar e aí fui eu em direcção a mais uma novidade, a mais difícil de todas. A verdade é que entre as 16:30h e o momento de começar a ler a minha peça passei por variadíssimas fases. Primeiro a fase do rir e de achar imensa piada a tudo;

Je vais retourner

Hoje cheguei à rádio já passavam trinta e cinco minutos das 10h e tirei a manhã por minha conta para procurar e arquivar alguns ficheiros áudio que vou precisar para o meu relatório. Depois do almoço e de um bocadinho de conversa debaixo de um sol maravilhoso, ouvi o jornal da Antena 1, gravei uns sons que eventualmente serviriam para fazer umas peças e, por indicação do Manuel, gravei uma pequena notícia sobre o jogo FCP X Estrela da Amadora. Durante o resto da tarde, nada mais fiz do que conversar com uns e depois com outros e depois com os mesmos outra vez, mas o que é certo é que descobri umas coisas engraçadas. Para quem está farto de me ouvir falar em futebol, deixo boas notícias: durante as próximas duas semanas não há Tribuna Desportiva, nem revista de imprensa desportiva, nem coisa que o valha porque vou voltar à redacção.

La petite fourmi 2

É tão bom ficar mais uma horinha na cama! Ontem foi dia de jogo por isso hoje não havia revista de imprensa para fazer e, nesse caso, há que aproveitar para descansar, nem que seja mesmo só mais um bocadinho. Cheguei à rádio eram 10:10h e até às 12h não fiz nada de especifico. Foi por volta desta hora que até fiquei verde quando percebi que houve um problema no ficheiro do Alfa 18 que foi para o ar ontem sem a parte final. O Ricardo desvalorizou mas o que é certo que no primeiro mês portei-me muitíssimo bem e agora já fiz duas asneiras em tão pouco tempo. Talvez seja pela liberdade que tenho e que não tinha anteriormente mas, seja como for, não é bom. Tenho de tomar mais cuidado! Na verdade, até às 15h nada mais fiz do que procurar intensivamente informações e sons que pudesse utilizar para fazer uma notícia mas não estava fácil. Lá consegui encontrar algumas declarações e propus ao Manuel, que chegou entretanto, fazer uma peça sobre a 24ª jornada da Liga Portuguesa de Futebol para a T

Fourmi Folle

Hoje não fiz valer a minha fama de “formiguinha maluca” já que foi mais o tempo que estive sem fazer nada, do que aquele em que estive a trabalhar. Cheguei à rádio à hora do costume para me pôr a par dos destaques das primeiras páginas da imprensa desportiva e, depois, disto, até cerca das 14:30h, nada mais fiz. Não por culpa minha. Eu bem que procurei o que fazer mas o problema é que só havia noticias, novidades e sons acerca da Liga dos Campeões, assunto sobre o qual estava proibida de fazer fosse o que fosse, uma vez que era tema reservado ao Manuel. Acabei por ocupar a minha tarde a fazer a montagem do Alfa 18 do Ricardo que tinha como tema a feira de produtos portugueses de Nanterre.Sai da rádio por volta das 17:30h, por isso, ainda tive tempo de fazer umas compras antes de chegar a casa.

Je vais faire un journal

Depois do atribulado fim-de-semana que tive, tirei parte da manhã para recuperar, fiquei na cama até às 9:30h e só cheguei à rádio eram cerca de 11:30h. Como também não havia grande coisa para fazer, uma vez que à segunda-feira não há jornal desportivo e na informação estava tudo orientado, decidi preparar um jornal. Recolhi informações e sons, ouvi o jornal das 11:30h para não repetir os conteúdos que não o justificassem, escrevi e gravei o jornal. Obviamente não foi para antena mas valeu pela experiência e pela sensação. Depois hei-de mostrá-lo ao Manuel para ele me dizer onde falhei.

Une grande soirée

Chegou o dia, chegou a hora da minha primeira noitada em Paris! Depois de termos passado a tarde sentados na esplanada de um café a conversar e de termos comprado umas coisas num supermercado lá perto, fomos para casa dos pais da Sara. Fizemos o jantar e uns bolinhos de coco para sobremesa, comemos, bebemos e dissemos tanta mas tanta coisa, tudo ao som de uma boa música latina. Já passavam alguns minutos e outros tantos copos da meia-noite quando saímos de casa e apanhamos o metro em direcção à Sorbonne completamente “desperados”. Este foi outro ponto forte da noite. As aborrecidas viagens de transportes públicos que faço desde que aqui cheguei transformaram-se subitamente numa das coisas mais divertidas que se podem fazer em Paris. A terceira referência da noite foi a nossa busca incessante pelo Quartier Latin. Sem praticamente termos saído do sítio, conseguimos estar a quarenta, a trinta, a quinze e a dez minutos de lá e, espantem-se, conseguimos estar lá! Já não me ria assim há muit

La routine

Nesta sexta-feira, 3 de Abril, apenas três coisas a apontar: - Revista de Imprensa Desportiva para o jornal das 11:30h - Peça sobre o jogo Vitória de Guimarães X Porto feita por iniciativa própria mas que foi aproveitada, pelo menos, para o desportivo das 17:30h - Peça sobre Leixões X Sporting que pretendia fazer para o jornal das 19:30h mas que o Manuel sugeriu que ficasse para a emissão desportiva de amanhã

Um mois

Faz hoje precisamente um mês que aterrei em terras gaulesas e, até à data, o balanço é extremamente positivo. Não estivesse tão longe de casa, ficaria aqui para sempre. O dia ficou, também, marcado como a primeira quinta-feira com direito a revista de imprensa desportiva e com as reacções positivas à entrevista brincadeira da Vanessa Fernandes que foi para o ar ontem na Tribuna Desportiva. Durante a tarde, redigi, gravei e montei duas peças para o jornal desportivo, uma sobre a selecção de râguebi e outra sobre a volta ao Alentejo em bicicleta, e ainda tive tempo de ver quase por inteiro um filme/documentário espectacular sobre o atentado às Torres Gémeas intitulado “Zero”.

Poisson d’Avril

Hoje passei a minha pior manhã de sempre na rádio. Não havia notícias, não havia sons, não havia sítio para trabalhar... resumindo não fiz absolutamente nada! E depois de uma manhã assim nada melhor que um almoço que só serviu para aumentar a boa-disposição que, nesta altura, já reinava em mim. Na verdade, foi um almoço que compensou o de ontem mas no sentido negativo, ou seja, se o de ontem foi excelente, o de hoje dificilmente poderia ter sido pior. A tarde começou comigo sentada a separar documentos de um dossier (com algum peso) sobre a União Europeia e foi, apenas, com a chegada do Manuel Alexandre que o meu dia ganhou alguma coisa de bom. Só nesse momento me lembrei que hoje é dia 1 de Abril e, por isso, dia de pregar partidas e fazer ou dizer coisas que não se fazem nos outros dias. A ideia foi do Manuel, eu e a Sofia pusemos a brincadeira em prática e o resultado foi uma entrevista relativamente boa à Vanessa Fernandes que, na realidade, não era a verdadeira Vanessa Fernandes e

C’est pas Raymond Domenech!

Objectivo: escrever uma peça sobre o jogo França X Lituânia com um som do internacional Laurent Blan que o Manuel me tinha dado. Ideia brilhante: Procurar um som do seleccionador Raymond Domenech que supostamente consegui num site de informação. Resultado: O último dia do mês do Março ficou marcado como o dia em que fiz a minha primeira grande asneira. Fiz uma peça gira mas com o som de alguém que não era o seleccionador francês! Valeu a intervenção do Manuel Alexandre que percebeu o erro e corrigiu antes de passar em antena. E valeu também a sua boa-disposição e a forma querida como ainda me disse que a culpa era dele e não minha porque confiava em mim mas devia ajudar-me, pelo menos, com os sons franceses. De resto, em termos de trabalho o dia foi normal. De manhã fiz a revista de imprensa desportiva e, durante a tarde, ainda fiz outra peça (desta vez sem enganos). Já a nível pessoal, foi bastante diferente. Ao meio dia fomos almoçar ao chinês e, confesso, foi um almoço bem divertido

C'est bon!

Rever uma ou duas caras conhecidas, falar a nossa língua numa conversa do inicio ao fim, passear sem ter destino nem horas para chegar e rir muito…coisas que já não fazia há cerca de um mês, sim porque daqui a dois dias faz um mês que estou longe de casa! Não foi hoje e sim ontem que, em plena cidade de Paris, tive o privilégio de fazer tudo isto na companhia da Sara e do André e, depois também, da Laura e do Leonardo. E, além de tudo, eles ainda me trouxeram a alegria e as novidades do país à beira mar plantado. "C’est bon!" …esta é provavelmente a única frase que o André sabe pronunciar em francês sem gaguejar mas ele tem razão, isso chega basta para descrever a nossa tarde! Quanto à jornada de segunda-feira, confesso que não foi fácil começar mas trabalho foi coisa que, para variar, não faltou. Estive todo o dia sentada em frente ao computador a fazer RM’s e a editar entrevistas mas valeu a pena, nem que seja só pela satisfação do Ricardo José ao ver o Alfa 18 montado com

Je peux voler

Cada vez mais tenho aquela sensação de me sentir uma jornalista a sério e de estar em casa. É certo que hoje trabalhei muito e andei o dia todo num stress que só conhece quem corre contra o tempo, mas é tão boa essa sensação, é tão bom receber os elogios que recebo sobre esse trabalho e ver reconhecido aquilo que faço dum modo que nunca imaginei que iria acontecer aqui. Hoje já posso acrescentar à lista das tarefas desportivas o Torneio RTL de Futsal e o Campeonato do Mundo de Formula 1. A revista de imprensa essa já é um hábito e acho que vai passar a integrar a grelha do jornal desportivo das 11:30h todas as terças, quartas e sextas-feiras. Para além disso, ainda tive tempo de dar uma mãozinha à Olívia na informação e fazer um pequeno trabalho sobre uma iniciativa da Associação Portuguesa Cultural e Social da vila que me recebeu quando aqui cheguei: Pontault Combault. Depois, sai da rádio, fui às compras, fiz o jantar e agora vim para a cama porque vou ver um filme. Não tivesse sido

Scraps

Uma manhã bem mais calma foi a de hoje. Levantei-me às 8:30h, tomei banho, fui às compras, tomei um pequeno-almoço/almoço e às 12:15h já estava na rádio, fazendo o percurso em cerca de 30min e, o mais importante, sem me perder. Como a vontade de trabalhar estranhamente era pouca, até às 14h nada fiz, senão mandar mails e conversar. Para compensar, das 14h às 15:30h, escrevi, gravei e editei duas peças, uma sobre o Deco que afinal parece estar apto a jogar no sábado contra os suecos e outra sobre a partida Lituania x França que será também no sábado. Dois trabalhos que o Manuel Alexandre já fez passar em Antena às 17:30h e às 19:30h, respectivamente. Aliás, por falar nisso, temos aqui um problema! Ontem, o Artur estava "contentíssimo" a falar no meu regresso à redacção da informação, mas hoje o Manuel deixou claro que quer manter-me no desporto, quanto mais não seja às quartas-feiras a preparar qualquer coisa para a Tribuna. É bom saber que ambos gostam do meu trabalho e, por

Je suis perdue

Hoje foi, de todos, talvez o dia mais difícil e stressante desde que cheguei a terras francesas. Resumindo: levantei-me cedo para chegar à Alfa às 9h e fazer a habitual revista de imprensa desportiva, estive o dia todo a compilar informação para fazer uma peça de 8min sobre a selecção portuguesa, andei muito a pé e, depois, na rádio a saltitar de um lado para o outro com o tempo a passar e perdi-me duas vezes num só dia. Sim, é verdade…perdi-me! Quer dizer, não foi bem perder porque eu nunca deixei de ter uma ideia de onde estava e de como fazer para voltar ao sítio certo mas o facto é que, tanto de manhã como à noite, desci na paragem errada. De manhã não foi problemático, contudo, no regresso fui parar bem longe e, com a "brincadeira", demorei quase duas horas a chegar a casa. O bom de todo este complicado e atribulado dia foi adormecer na companhia do Manuel Alexandre e da Tribuna Desportiva, onde se ouviu a minha voz pela segunda quarta-feira consecutiva.

Mon petit studio

Eram cerca de 10h da manhã quando decidi, por fim, levantar-me. Às 5:30h ainda pensei fazê-lo para ir à rádio mas a vontade de passar quatro horas nos transportes para trabalhar duas não era nenhuma, como tal, decidi ficar em casa, descansar e arrumar o resto das coisas com mais calma. A primeira coisa que fiz foi ligar à Isabel e pedir que avisasse o Manuel da minha ausência, dado que no dia anterior ele estava de folga. Às 13:45h já tinha arrumado tudo, tomado o meu banhinho, brincado muito com os pequenitos (que agora não sei quando volto a ver!), já tinha, também, almoçado e estava naquele momento à espera do Mickael. A minha tarde, essa, foi inteiramente passada na companhia deste simpaticíssimo francês, sendo que sensivelmente das 15h às 19:30h estivemos com a senhoria a preencher papeis, papeis e mais papeis e a ouvi-la falar, falar e falar. No fim de contas posso dizer-vos que, apesar de tudo, ela é muito gentil e preocupa-se muito em saber se estou bem e se as coisas estão do

Une journée d’émotions

4:00h – Parece inacreditável mas o despertador já está a tocar! 5:15h – Estou a sair de casa num pequeno peugeot vermelho que segue em direcção a Paris 5:50h – O Dominique acabou de estacionar o carro no parque subterrâneo do aeroporto de Orly 6:50h – Uma hora depois de termos chegado, aproxima-se a terrível hora da despedida. Foi tão bom tê-los cá e tão difícil vê-los partir. Ainda para mais porque a estadia foi curta e tive pouco tempo para os aproveitar. Mas há que pensar positivo: estou tão bem aqui e já só falta um mês para voltar a rever quem agora está comigo apenas no coração. Só tenho pena de não ter visto a minha mãe embarcar descalça! :) 7:15h – Já corri grande parte do terminal sul do aeroporto e não consigo perceber como apanho o metro. Há que treinar o francês e perguntar! 7:20h – Estou dentro do pequeníssimo Orlyval. Senão me falha a memória (o que é provável!) é assim que se apelida aquela coisa a que chamam metro que vai do aeroporto até Antony mas que mais parece um t

Un weekend avec mes parents

Mes parents et ma première maison

Hoje foi, sem dúvida, um dia repleto de emoções. Comecei cedo e, confesso, senti-me um pouco perdida na rádio. O Artur e o Manuel Alexandre não estavam lá e não me tinham deixado nada orientado para fazer. Decidi, por vontade própria, fazer uma revista de imprensa e duas peças sobre o derby SportingXBenfica que será amanhã para a Final da Taça da Liga. Às 13:30h já tinha tudo escrito, gravado e editado, como tal, achei por bem começar o fim-de-semana mais cedo e assim fiz.Às 15:40h já estava em casa a dar um grande abraço aos meus papás! Passei o resto da tarde a aproveitar os miminhos deles e à noite fomos com o Mickael ver um apartamento. Mais uma coisa feliz num dia que não podia ter corrido melhor porque, finalmente, 19 dias após a minha chegada, arranjei uma casinha para mim. Yupii!

On va faire une interview

Hoje já dormi mais uma horinha que fez toda a diferença, mas o dia, esse não foi menos difícil que o de ontem! Apesar do cansaço, posso dizer que actualmente já me sinto quase verdadeiramente uma jornalista a sério, a bem dizer, uma jornalista desportiva. Cheguei à rádio passavam cerca de 15min das 9h da manhã e às 10h já tinha mais uma novidade para escrever no meu relatório de estágio: uma revista de imprensa escrita, gravada e editada por mim para passar no jornal desportivo das 11:30h. Ao longo do dia ainda tive tempo de escrever e montar mais duas peças sobre o jogo da Taça UEFA Paris Saint-German x Sporting de Braga e de me estrear no mundo das entrevistas. É verdade, fiz a minha primeira entrevista e foi muito giro porque éramos quatro sentados em torno da mesa a falar de futebol que é um tema de que percebo imenso! Tirando isso, o entrevistado era giro e super simpático, tentou facilitar a minha parte e o Manuel Alexandre e o Sérgio também ajudaram (às vezes ajudaram a stressar

Et voilà!

8:00h – Chego à Rádio e tenho a habitual conversa da manhã com a Isabel 10:10h – Já preparei a revista de imprensa para o Artur, já ouvi o jornal das 10h e agora vou descer para beber o meu cafezinho e comer as minhas bolachas 11:00h – Estou literalmente em pânico porque acabei de ouvir qualquer coisa como “Tens aqui cinco sons em francês de jogadores e treinadores do PSG e do Marselha e quero que faças uma peça entre cinco e dez minutos com isto. Se precisares de alguma coisa ou quando acabares procuras por mim mas atenção à única regra que não podes quebrar: quando eu não estou aqui na rádio, não me ligas para falar de trabalho e eu agora vou almoçar a casa e só volto às 3h.” 12:00h – Ainda não recuperei do choque mas já estou completamente mergulhada no mundo do desporto a ouvir as declarações dos senhores 13:50h – Já ouvi as declarações todas, já almocei e já comecei a escrever a minha peça 16:00 – Et voilà! Já fiz a minha primeira peca desportiva que foi aprovadíssima pelo Manuel

Pontault-Combault

Hoje passei o dia a andar de um lado para o outro e não fiz praticamente nada. Aprendi mais alguma coisa sobre a qualidade e a “equalização” do som e terminei um dossier sobre Manuela Ferreira Leite que, como devem calcular, é uma senhora interessantíssima. :)Mais uma vez regressei a casa cedo e fica aqui o registo de parte do caminho que faço diariamente entre a Gare de Pontault-Combault e a casa onde ainda estou “hospedada”.

Je n’oublie jamais mes amis

O objectivo para o dia de hoje era alto. Acabar de redigir, gravar e editar quatro peças das 9h às 12h. Mas a meta foi alcançada e com espaço de manobra. Às 11h uma das peças já estava a ser lançada no jornal pela Olívia Vaz e às 11:30h as outras três já estavam igualmente prontas, inclusive com uns retoques feitos no som com a ajuda do simpático Manuel Alexandre. E por falar em Manuel Alexandre, haja pessoa para me habituar mal! Com o seu jeito engraçado lá vai fazendo uns quantos elogios ao meu trabalho. Eu agradeço e torço para que tenha razão. Acabei, então, por aprender mais uns truques de som num programa que para mim é totalmente novo. No regresso a casa, tive uma longa conversa com uma amiga muito especial com quem já não falava há alguns dias. Enquanto ia mudando de RER em RER, contámos novidades, ralhei um bocado, rimos muito (como de costume), falámos e falámos até a bateria se acabar. Deixo aqui o recado que teria deixado no final da conversa (se a tivéssemos acabado como d

Celle est la vie que je veux pour moi

Hoje foi para antena mais uma peça minha, também sobre o documentário de Timor, já tenho mais quatro semi-preparadas e fiz o meu segundo contacto para marcar uma entrevista. Recebi criticas positivas de três pessoas com quem tenho lidado na rádio e que têm uma experiência e um à vontade admiráveis, para além de serem três “vozes de rádio” fantásticas. Soube muitíssimo bem! Um deles disse inclusive que tenho talento. Oxalá tenha razão! O meu dia pode resumir-se em dez palavras: transportes, correria, papeis, conversas, entrevista, contactos, peças, sons, stress e cansaço. Se alguma vez tive dúvidas, agora já não as tenho: esta é exactamente a vida que quero para mim! Agora, para terminar o meu dia em beleza, só me faltava mesmo um abracinho daqueles bons que só os meus amores me sabem dar…tenho saudades vossas! - P.S. – Inês, minha vida, vê se arranjas um bocadinho na tua preenchida agenda para me ligar amanhã a partir das 16h. Quero ouvir-te, saber coisas de ti!

Bravo!

Não somente uma mas duas foram as vezes que passaram a minha pe ça sobre ‘’Timor ou l’infortune de l’or noir’’, o documentário de Oliver Duffau. Tirando isso e a minha ida às compras, hoje não fiz quase nada. Foi um dia de boa vida! Só teria sido melhor se não estivesse quase sem voz, o que dá imenso jeito logo agora que comecei a fazer as minhas pecinhas!Uma frase a registar: “Gostei deste bocadinho, exactamente por isso, porque foi um bocadinho!”

“Ça va très bien!”

Hoje foi mais um dia de novidades. Já tenho o meu passe, ou como se diz aqui Carte Orange (com direito a fotografia e tudo!), e conheci a segunda estagiária da rádio. ‘’Timor ou l’infortune de l’or noir’’ de Oliver Duffau foi o tema das minhas terceira e quarta peças. Ainda há um longo caminho a percorrer e muito a corrigir mas para quem ainda ontem começou, “ça va très bien!”. Quem quiser poderá ouvi-las amanhã e quarta entre as 7h e as 15h (hora de França) em radioalfa986.net ou, se estiver por Paris, em 98.6. Inês, minha menina, sei que precisavas muito mais de mim do que aquilo que te posso dar agora, não por falta de vontade, mas pela distância que nos separa. Mas sabes que estou aí contigo. As pessoas importantes estão sempre connosco (já dizia a minha paixão e com toda a razão!). Estou contigo assim como estás aqui comigo, nas pequenas coisas que me fazem lembrar-te e nas importantes que gostava de partilhar contigo. Aguenta-te que volto depressa! - P.S. - Prometo que amanhã ou

"Plus détails avec la stagiaire Joana Neves"

05:50h: Mais um grande dia a começar, desta vez o real grande dia! A esta hora ainda não sabia, embora tudo o fizesse prever! 06 de Março de 2009 vai ficar para sempre recordado como o dia em que se ouviu a minha estridente voz pela primeira vez numa rádio a sério! Passavam cerca de quatro minutos das 15h aqui em França, menos uma hora em Portugal. O Ricardo José foi o editor que lançou a minha peça com muito orgulho na sua nova aprendiz. Raquel, gaja boa que haveis comentado o post anterior, peço desculpa por não te ter dito mas não tinha como fazê-lo no momento. É uma questão de ficares atenta para a semana, eu digo mais ou menos quando e fico à espera da tua mensagem! :) De resto, nada de novo aconteceu. Ao final da tarde, regressei a casa, completamente sozinha. Sozinha mas a recordar alguém que me havia dito “Paixão Paris é um horror! As pessoas não sabem vestir-se!”. Tinhas razão. Paris não é um horror, é uma cidade muito bonita, mas, de facto, a maioria das pessoas não sabe vest

Notre petite stagiaire

Hoje aventurei-me, pela primeira vez, nos transportes da cidade do Mickey e do Corcunda de Notre Dame. É fascinante e assustador, garanto. Creio que nunca na minha vida tinha visto tanta gente a co rrer na mesma direcção e a empurrar, a empurrar principalmente! É a lei da sobrevivência, logo às 7h da manhã! Mas mais uma vez confirma-se: haja família com carinho para dar e terra com gente bonita! Às 9h em ponto, depois de dois autocarros, três metros, quatro ou cinco empurrões, uns assobios e cinco minutos a pé, lá estava eu a entrar na rádio. O dia que se seguiu não foi muito agradável, confesso. Foi stressante mas pouco tive que fazer. Mas se alguém ouviu o jornal das 16h, sabe que “notre petite stagiaire” já anda por lá a avaliar os jornalistas e a distrair os animadores. Resta a esperança de que amanhã talvez já me possam ouvir e não somente ouvir falar de mim! Bom o regresso a casa, isso foi outra aventura! Mais um autocarro, cinco metros e duas horas e quinze minutos de viagem. “C

C'est super!

06:00h – Trimmmmmmmmmmmmmm! (para quem não percebeu é suposto ser o despertador!) 07:00h – A sair de casa! 08:10h – Porta da Rádio 08:30h – À espera que se lembrei de me vir buscar para começar o meu estágio 08:50h – Continuo à espera… 09:10h – Estou quase a dormir sentada numa cadeira da entrada a pensar “bom, isto está a correr mesmo bem!” Mais de uma hora passada desde que cheguei – Vou finalmente conhecer a rádio! 10:00h – Já conheço muita gente (e não reconheci ninguém porque aquelas fotos do site são de há dez anos atrás!) e estou dentro da redacção 12:15h – Escrevi uma espécie de noticiário (provavelmente para saberem se tenho noção do que fazer!) e vou almoçar. 13:00h – Tenho uma conversa bastante interessante com o “senhor” Artur Silva que será o meu orientador 16:00h – Conheci mais meio mundo de gente! 18:00h – Preparei uma entrevista, escrevi duas peças e estou novamente à porta da Rádio à espera que me venham buscar. 22:00h – Caio na cama que nem uma pedra, cansada mas supe

“Jôaná tu veux le petit-déjeuner?”

Jôaná tu veux le petit-déjeuner?”. Como? Pequeno-almoço na cama e com sotaque francês? Nem sempre o tico e o teco despertam ao mesmo tempo que o resto do corpo mas passados alguns segundos lá veio a resposta: “Ah oui, c’est vrai…tu es en Paris!” Dois dias passados e já posso dizer que estou em casa. Foi assim que me senti hoje de manhã quando a D. Lisete me ofereceu o pequeno-almoço na cama (embora tivesse recusado gentilmente a oferta) e durante todo o tempo que estive em casa... a lavar a loiça, a fazer as minhas coisas, a arrumar o quarto e a brincar com as meninas de quem toma conta. O Micael diz que os pais agora têm outra filha que ainda por cima veio de Portugal e para o pai, Dominique, sou “la petite” que hoje foi às compras com ele. Por falar nisso haja sítio com gente bonita…só por isso já vale a pena virem cá! Agora vou dormir que amanhã será o grande dia!